Acusado de estuprar enteada na PB diz que gravidez foi causada por toalha com sêmen
Uma adolescente de 12 anos está grávida e o suspeito de ter praticado abusos sexuais contra ela é o próprio padrasto. O caso aconteceu na cidade de Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa, e a gravidez foi constatada nesta quarta-feira (17).
De acordo com informações da delegada Amindonzelle Oliveira, que acompanha o caso, foi solicitada a prisão preventiva do suspeito. No depoimento, ele chegou a dizer que tinha o costume de assistir filmes pornográficos em casa e que acabava ejaculando nas toalhas. Negando o abuso sexual, ele insinuou à delegada que a gravidez poderia ter sido causada após a menina utilizar uma das toalhas.
"No interrogatório, o acusado de abuso sexual nos relatou que acredita que a menor está grávida e que sim, ele é o pai da criança, só que ele diz que a menina é virgem e que ele nunca praticou nenhum ato sexual com ela. Segundo ele, nos depoimentos, ele assistia filmes pornográficos e, após assistir os filmes, ele se masturbava no banheiro e ejaculava na toalha. Ele acredita que a menor tomava banho e se enxugava com aquela toalha e engravidou", disse a delegada.
Amindonzelle Oliveira disse ainda que os abusos aconteciam há pelo menos dois anos e a adolescente se intimidava para revelar para a família com medo de morrer.
"A menor relatou que era abusada há dois anos pelo padrasto e era ameaçada de morte por ele e tinha muito medo,daí não tinha coragem de contar. Os próprios familiares desconfiavam do comportamento do padrasto com enteada, de deixar ela sozinha muito tempo com ele, ele ficava trancado com ela, ele tinha um cuidado excessivo com ela, beijos, abraços continuados, que causavam estranheza. Havia um comportamento muito estranho, só não havia nenhuma certeza dessa situação e quando a menor hoje se viu com o resultado do exame de gravidez ela teve coragem para fazer a denúncia", relatou a delegada.
A mãe da adolescente está em estado de choque, segundo a delegada. Ela não estaria sabendo dos abusos.
"Ela está em estoque estado de choque, completamente atônita com o que aconteceu, porque ela soube num dia só que a sua vida estava grávida, quem seria o pai da criança e que isso foi fruto de abuso".
De acordo com Amin Oliveira, existe a possibilidade de realizar um aborto legalmente, caso seja comprovada a idade gestacional de até sete semanas. Ela foi encaminhada à Maternidade Cândida Vargas, na capital, para a realização de mais exames.
"Fizemos um ofício para maternidade Cândida Vargas, para que seja feito um exame para saber o tempo de gravidez e, segundo a maternidade, se a menor tiver até 7 semanas de gravidez é sim possível fazer um aborto legal, é lei, por conta do estupro", finalizou.
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