Pelo menos 11 vereadores decidem assinar CPI para investigar aumentos abusivos da Energisa
Pelo menos 11 vereadores de João Pessoa, entre parlamentares de oposição e de situação, decidiram pedir a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os reajustes abusivos na tarifa de energia elétrica aplicados pela Energisa, na Paraíba. “De acordo com o Regimento desta Casa, precisamos de nove assinaturas. Nós temos mais de 11 assinaturas”, comemorou a vereadora Raíssa Lacerda (PSD).
Além de oito vereadores da bancada de oposição, mais três vereadores da bancada de situação anunciaram que irão apoiar a CPI – João Almeida, Mangueira e Professor Gabriel. A vereadora Raíssa Lacerda está articulando a coleta de assinaturas para protocolar o pedido na Casa, segundo ela, no início da próxima semana.
“Essa empresa forasteira, de mineiros, não tem concorrência aqui. Vamos quebrar o monopólio dessa empresa famigerada”, disse Raíssa, defendendo o desenvolvimento de outras formas de geração de energia, como a eólica. Ela também lembrou sobre as denúncias do Fio Preto, que prejudicou consumidores com a aplicação de multas por supostas fraudes nos medidores de energia, os chamados 'gatos'.
“A Energisa tem que melhorar o atendimento e baixar as tarifas”, argumentou o vereador Mangueira.
O líder da oposição, Leo Bezerra, propôs a formação de uma comissão para encaminhar os questionamentos da Câmara Municipal à Energisa, para depois protocolar o pedido de CPI. Mas outros vereadores não concordaram.
Raíssa explicou que já foi à Energisa questionar as razões da Paraíba ter uma tarifa 40% mais cara do que a de São Paulo, mas não obteve resposta. Por isso defende a instalação imediata da CPI.
O vereador João Almeida também defendeu a CPI imediata porque, segundo ele, há dois anos essa discussão vem se arrastando na Casa. Ele denunciou que, há 40 dias, pediu perícia técnica em sua residência e, em resposta, foi ameaçado de corte.
“A resposta que eu tive foi um carro na porta da minha casa para cortar minha energia. Eu acho que a gente tem que partir para a CPI, não podemos estar mais à mercê dessa famigerada empresa, em que a gente só fala com computadores”, disse João Almeida.
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